quinta-feira, 27 de maio de 2010


Um dos meus lugares preferidos tornou-se o menos frequentado; concluo que a vida nos dá, mas também nos toma tanta coisa importante; o tempo que temos se perde na burocracia das manhãs, das tardes, no cansaço das noites, na mudez das primeiras horas, na urgência de pela manhã de novo cansado partir. Lembrei da noite passada, cansado adormeci sem escutar nenhum chamado, acordei preguiçoso, guardei a máquina que comprei para junto comigo escrever outra história. Parece que ela de nada me serve, parece que eu de nada a sirvo, vivemos de pequenos encontros, poucas palavras e indiferença tamanha. Até parece aquele brinquedo, sonho de vida! Alegria avessa! Monotonia crescente!
Agora as palavras me faltam, então rio! Bebo! Durmo como se dormir fosse a única coisa pra se fazer! Enquanto durmo, tantos beijos enfeitam as ruas, tantos corpos se enroscam em lençóis de qualquer ar, tantas risadas validam a vida sem graça, tanta gente lança mão da vida sem medida alguma, arriscam! Enquanto eu apenas a sigo à risca!

De volta ao jardim, vejo abandono, flor seca; meu tempo de novo curto e minha poesia perdida ...
... quem sabe numa dessas suas mãos, também perdidas, a tem. quem sabe com ela você não vem. quem sabe... quem sabe, quem sabe. quem sabe?



Fábio Pinheiro 

2 comentários:

  1. Fala, Fábio. Seu blog está cada vez mais rico, com textos muito interessantes. Estou acompanhando suas produções. No caso desse texto, achei muito bem construído, com poesia na dose certa.
    Parabéns.

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  2. Fala Edú! Obrigado pela visita! Fico feliz em receber seus elogios e incentivo, afinal você é um cara que manja muito de literatura. Valeu pelo apoio! Abração!

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Fábio Pinheiro