Um pouco do pé de pinheiro e os resquícios aqui despejados: Este espaço pretende contemplar o desejo, comum a todos, de liberdade e expressão. Nesse sentido, farei deste vitrine da minha modesta fábrica de poema. Aqui publicarei os poemas e textos que escrevo (ou de outros) e dotado de alguma coragem e "sem-vergonhice" os deixarei livres para que vivam fortes emoções entre o amor e o ódio.
domingo, 31 de janeiro de 2010
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
Versos de Orgulho
O mundo quer-me mal porque ninguém
Tem asas como eu tenho!Porque Deus
Me fez nascer Princesa entre plebeus
Numa torre de orgulho e de desdém.
Me fez nascer Princesa entre plebeus
Numa torre de orgulho e de desdém.
Porque o meu Reino fica para além …
Porque trago no olhar os vastos céus
E os oiros e clarões são todos meus !
Porque eu sou Eu e porque Eu sou Alguém !
E os oiros e clarões são todos meus !
Porque eu sou Eu e porque Eu sou Alguém !
O mundo ? O que é o mundo, ó meu Amor ?
__O jardim dos meus versos todo em flor…
A seara dos teus beijos, pão bendito…
A seara dos teus beijos, pão bendito…
Meus êxtases, meus sonhos, meus cansaços…
__São os teus braços dentro dos meus braços,
Via Láctea fechando o Infinito.
Via Láctea fechando o Infinito.
Florbela Espanca (1894-1930) - Charneca em Flor
Poetisa Portuguesa
Poetisa Portuguesa
Florbela Espanca é para mim uma das maiores poetisas de todos os tempos. Fico bobo de ver como ela conseguia alcançar o infinito dentro de medidas certas; os belos sonetos. Foi uma mulher a frente de seu tempo; a poesia, além da própria maneira de viver, era a sua arma e expressão. A partir de seus poemas pode-se contemplar visões de mundo em prol da emancipação feminina e desmistificação do amor.
Versos de orgulho, dentre outros, é um dos meus preferidos poemas. Deixo aqui um vídeo no qual o Miguel Falabella o recita.
Versos de orgulho, dentre outros, é um dos meus preferidos poemas. Deixo aqui um vídeo no qual o Miguel Falabella o recita.
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Do tempo que chover era poético!
Chove
A chuva cai.
Os telhados estão molhados,
Os pingos escorrem pelas vidraças.
O céu está branco,
O tempo está novo,
A cidade lavada.
A tarde entardece,
Sem o ciciar das cigarras,
Sem o jubilar dos pássaros,
Sem o sol, sem o céu.
Chove.
A chuva chove molhada,
No teto dos guarda-chuvas.
Chove.
A chuva chove ligeira,
Nos nossos olhos e molha.
O vento venta ventando,
Nos vidros que se embalançam,
Nas plantas que se desdobram.
Chove nas praias desertas,
Chove no mar que está cinza,
Chove no asfalto negro,
Chove nos corações.
Chove em cada alma,
Em cada refúgio chove;
E quando me olhaste em mim
Com olhos que me seguiam,
E enquanto a chuva caía
No meu coração chovia
A chuva do teu olhar.
Ana Cristina César (1952-1983)
em Nov/1965
CÉSAR, Ana Cristina. Inéditos e Dispersos. São Paulo: Ática, 1998. p. 26.
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
Piegas
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
sábado, 16 de janeiro de 2010
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
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